quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CONTOS FANTÁSTICOS

O site Contos Fantásticos tem uma proposta parecida com a nossa. Vale a pena acessá-lo, pois publica contos de ótima qualidade. Terror, insólito e ficção científica. Para acessar, clique aqui: CONTOS FANTÁSTICOS

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

GAMER


Nossa colega Ariane nos enviou suas impressões sobre o filme de Ficção Científica Gamer. Fica então essa valiosa dica para assistir e os comentários da Ariane para debater.
Valeu, Ariane!


sinopse:
Um novo jogo de videogame é a grande febre do momento. Através dele milhões de internautas podem assistir um grupo de condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais, sendo controlados por jogadores. Kable (Gerard Butler) é a grande estrela do jogo, sendo comandado por um adolescente. Em meio à batalha, Kable precisa usar suas habilidades para vencer o jogo e derrubar o sistema que o aprisiona.

título original:Gamer
duração:01 hs 35 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://gamerthemovie.com/
direção: Mark Neveldine , Brian Taylor
roteiro:Mark Neveldine e Brian Taylor
produção:Gary Lucchesi, Tom Rosenberg, Skip Williamson e Richard S. Wright
música:Robb Williamson e Geoff Zanelli
fotografia:Ekkehart Pollackdesenho de produção: -->
direção de arte:Peter Borck, James F. Oberlander e Sebastian Schroder
figurino:Alix Friedberg
edição:Peter Amundson, Fernando Villena e Doobie White
efeitos especiais:LOOK Effects! / Furious FX / Gradient Effects / Luma Pictures / yU+Co. / Duran Duboi / Sub/Par Pix / Tinsley Transfers
elenco:
Gerard Butler (Kable)
Michael C. Hall (Ken Castle)
Zoe Bell (Sandra)
Milo Ventimiglia (Rick Rape)
Kyra Sedgwick (Gina Parker Smith)
Alison Lohman (Trace)
Logan Lerman (Simon)
Amber Valetta (Angie)
Terry Crews (Hackman)
Efren Ramirez (DJ Twist)
Johnny Whitworth (Scotch)
Ludacris
John Leguizamo

O futuro em nós; nós em + o futuro

O que pensar sobre o futuro? Viver de passado? Alterar o presente?
O mundo se globaliza e se moderniza na velocidade da luz e nós, como meros mortais (?), acompanhamos esse ritmo violento de expansão de fronteiras.
Temáticas como o controle absoluto das máquinas sobre os homens, a morte do livre-arbítrio e a extinção da raça humana são decorrentes em livros, filmes e jogos de simulação real. E como são reais!... Entretenimento apenas? Questionável. O futuro está aí, bem diante de nossos olhos; esse é o futuro e isso é Gamer. O filme trata de questões como as supracitadas, e outras talvez não pensadas antes: a substituição do cérebro por nano tecidos (a “maquinização”), o controle absoluto de um humano sobre outro (através da tecnologia e das máquinas) e por fim quem controla tudo? Uma máquina! Ou um quase humano. A utopia humana: não precisar viver para viver pelo outro (que é um fantoche, um escravo). Mas, isso é vida? Sentar-se diante de um computador e vigiar cada passo que o seu personagem dá e poder interferir e controlar a vida deste e este não se rebelar?
Alguns diriam que Gamer é só ficção e que na vida real isso jamais aconteceria. E se analisarmos que isso já acontece? É a mais pura verdade. Analisemos: o que é a televisão? o que é a Internet? o que é a mídia? o que são os reality shows? É exatamente isso! É poder na mão de poucos, é controle sobre os mais frágeis e influenciáveis e a eterna promessa de liberdade, sendo que esta já foi roubada há muito. Como agir? Submissamente ou lutar por sua liberdade, como fez Kable? A mídia te diria para permaneceres calado, assim como os jogos, a Internet e outros meios. Cala-te e sede como um dos controlados. Abaixes a tua cabeça e contenta-te com a felicidade vendida em alguns jogos eletrônicos. Permanece submisso e não sofrerás (e não viverás também). Vive em função do computador e da televisão, pense bem, o que serás... um escravo! É realmente assim que gostaríamos de aproveitar a vida?
De fato, como sugere o título, o futuro está em nós, mas nós não precisamos estar no futuro (ou dentro dele). Podemos apenas retirar àquilo de bom que a tecnologia nos oferece e não tentarmos viver para ela e em função dela. Alguns se esquecem que a vida é muito mais interessante longe das câmeras e fora do computador, não é mesmo, Kable?

Outros filmes que me lembrei ao escrever esse texto, que mostram a luta pelo livre-arbítrio são: Minority Report, A Nova Lei; Wall-e; O Show de Truman; A Ilha. Os que mostram a dominação pelas máquinas: Eu, Robô; O Exterminador do Futuro 3, A Rebelião das Máquinas (que também mostra o extermínio da raça humana).

Ariane Rodrigues

PARTICIPE DE NOSSO E-BOOK! PUBLIQUE TEU CONTO!

O projeto NECC - e-ficciones visa a publicação de contos de ficção científica em formato de e-books. Nossa chamada é permanente. Assim, você pode participar enviando teu conto. Acesse os links abaixo para ler o convite e o regulamento para você submeter teu conto para publicação. Estaremos te esperando.Abraços!
Convite/chamada - versão em português
Regulamento - versão em português
Invitación - versión en español
Reglamento - versión en español
Invitation - english version
Regulation - english version

Deuses invisíveis. A ficção científica e os mitos cosmogônicos (Lem, Lessing, LeGuin)



Grande amigo do NECC, o professor Biagio D'Angelo, o qual dispensa apresentações, gentilmente nos permitiu postar seu artigo onde mostra que a ficção científica é erronemente tratada como marginal ou futurista: "O papel da ficção científica está, efetivamente, longe de um mero entretenimento burguês e de um produto de uma cultura definida depreciativamente como “de massa”. Na literatura “sci-fi” o escritor se disfarça de filósofo, para procurar novas e extraordinárias fontes de energia, que discutem tanto o valor do mais além, quanto a ameaça de um presente sem sentido".

Muito obrigado, professor!

Vale lembrar que parte deste texto está publicado no livro Literaturas Invisíveis que já foi apresentado aqui.
Segue o texto. Basta clicar:

OFICINA DE CONTOS - SEMANA DE LETRAS DA UNIDERP


Para quem participou da oficina "Viajando pelo mundo dos contos" na Semana de Letras da Uniderp, seguem todos os contos trabalhados, conforme combinado. Quero parabenizá-los pela participação, foi um sucesso!
Abraços,











quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O DIA EM QUE A TERRA PAROU

Dica sinistra de filme nessa semana: The Day the Earth Stood Still


Se você já assistiu, deixe teus comentários. Se ainda não assistiu, assista e deixe teus comentários...

sinopse:

Helen Benson (Jennifer Connelly) é uma cientista que mantém contato com Klaatu (Keanu Reeves), um alienígena que veio à Terra para alertar sobre uma crise global. Ele deseja conversar com os líderes globais mas, por ser considerado hostil, passa a ser ameaçado pela humanidade.

ficha técnica:

  • título original:The Day the Earth Stood Still
  • gênero:Ficção Científica
  • duração:01 hs 43 min
  • ano de lançamento:2008
  • site oficial:http://www.odiaemqueaterraparou.com.br/
  • estúdio:20th Century Fox Film Corporation / Earth Canada Productions / 3 Arts Entertainment
  • distribuidora:20th Century Fox Film Corporation
  • direção: Scott Derrickson
  • roteiro:David Scarpa, baseado em roteiro de Edmund H. North
  • produção:Paul Harris Boardman, Erwin Stoff e Gregory Goodman
  • música:Tyler Bates
  • fotografia:David Tattersall
  • direção de arte:Don Macaulay
  • figurino:Tish Monaghan
  • edição:Wayne Wahrman
  • efeitos especiais:Digital Dimension / Cinesite / At the Post / Cos Fx Films / Flash Film Works / Gentle Giant Studios / Hydraulx / Weta Digital / Image Engine Design

elenco:

  • Jennifer Connelly (Helen Benson)
  • Jaden Smith (Jacob Benson)
  • John Cleese (Prof. Barnhardt)
  • Jon Hamm (Michael Granier)
  • Kyle Chandler (John Driscoll)
  • Robert Knepper (Coronel)
  • James Hong (Sr. Wu)
  • John Rothman (Dr. Myron)
  • Sunita Prasad (Rouhani)
  • Juan Riedinger (William Kwan)
  • Sam Gilroy (Tom)
  • Tanya Champoux (Isabel)
  • Mousa Kraish (Yusef)
  • J.C. MacKenzie (Grossman)
  • Daniel Bacon (Winslow)
  • Keanu Reeves (Klaatu)
  • Hiro Kanagawa (Dr. Ikegawa)
  • Kathy Bates (Regina Jackson)
*Informações retiradas de http://www.adorocinema.com/filmes/dia-em-que-a-terra-parou-2008

CONCEITUAÇÃO DE MITO DA CRÍTICA BRASILEIRA DE FICÇÃO CIENTÍFICA


Texto que apresentei na UFGD durante o XIII Ciclo de Literatura e Seminário Internacional "As Letras em Tempo de Pós. Aqui, trabalho com uma definição da crítica brasileira de ficção científica fixada no mito. Para tanto, discuto algumas questões como as atecipações da ficção científica e as space operas.
Para acessar o texto, clique aqui.

XIII SEMANA DE LETRAS - UNIDERP



LÍNGUAS, LITERATURAS E PRÁTICAS: OLHARES AO ENSINO NO CURSO DE LETRAS

De 26 a 30 de outubro de 2009

A Coordenação do Curso de Letras da Universidade Anhanguera-Uniderp e do Curso de Letras do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp convidam para a XIII Semana de Letras, a realizar-se no período de 26 a 30 de outubro de 2009, sob o tema “Línguas, Literaturas e Práticas: Olhares ao Ensino no Curso de Letras“.

O evento visa realçar a relação entre o trabalho acadêmico e a especificidade do âmbito universitário como espaço de construção do saber crítico. A proposta está centrada na questão do papel do ensino superior na produção, circulação e conexão de saberes. A programação inclui palestras, seminários, oficinas, sessão para exibição de painéis, além de concursos de contos e fantasias com o tema “Halloween”. Tais atividades terão a participação dos acadêmicos da instituição e de convidados, que vão expor suas experiências na realização de trabalhos interdisciplinares no ensino, na pesquisa e na extensão.

Na sexta-feira (30/10), a partir das 19h, será realizada a parte cultural da Semana com as comemorações típicas da Festa de Halloween. Nessa noite serão divulgados os vencedores do concurso de contos assim como será realizado um desfile de fantasias com o tema da noite.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DISCO VOADOR EM CAMPO GRANDE!!!


Ontem, Campo Grande teve o privilégio de receber um jogo da seleção brasileira de futebol. 24 mil torcedores presentes no Morenão fizeram uma linda festa para o chocho 0 X 0 contra a Venezuela. Mas valeu a festa!

O mais interessante é que, nesse mesmo palco, em 1982, um disco voador apareceu durante um jogo do Campeonato Brasileiro.

Duvida? Então veja a reportagem da GLOBO.COM

Infelizmente (ou felizmente) ontem nenhum E.T. entrou em campo - se bem que o goleiro venezuelano era bem diferente...

FICÇÃO CIENTÍFICA E FUTEBOL!

Convite - Clube do livro


Todo mês discutiremos uma obra literária - de qualquer gênero.
Iniciaremos com o livro A revolução dos bichos - George Orwell.
Quem se interessar poderá se juntar a nossa discussão. A data e o local de nossa primeira reunião ainda não estão definidos, mas provavelmente ocorrerá no final de outubro ou início de novembro. Caso fique inviável estar presente na reunião, você poderá participar lendo o livro e deixando suas análises no epaço de comentários do blog.
Combinado?
Então, boa leitura!

O Homem Duplo - A Scanner Darkly




Nosso amigo Daniel Rossi sugeriu-nos o filme O Homem Duplo.
Obrigado, Daniel!








Num futuro próximo, a guerra do governo norte-americano contra as drogas se juntou à guerra ao terror. Numa sociedade cada vez mais policiada foi desenvolvido um novo sistema de disfarce, sob o qual trabalha o policial Bob Arctor. Enquanto investiga seus amigos mais próximos, ele acaba recebendo ordens para investigar sua própria vida e embarca num estranho pesadelo, no qual identidades e lealdade não parecem mais ter um sentido claro.

Baseado no livro de ficção científica A Scanner Darkly, do aclamado escritor Philip K. Dick, O Homem Duplo, dirigido e roteirizado por Richard Linklater, é uma filme-animação nada convencional. Utilizando uma técnica de animação singular, atores conhecidos, um roteiro intrigante e muita imaginação, o filme é um prato cheio para fãs de graphic novels e afins.

Tem uma resenha legal desse filme no blog dos Doidos Varridos.

Acima estão as capas do filme e do livro.

FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: UM GÊNERO DUPLAMENTE INVISÍVEL


Nossa colega Alice Feldens disponibilizou-nos seu texto que está publicado no livro "Literaturas Invisíveis" - o qual já foi apresentado no blog. Alice provoca uma reflexão sobre a situação da ficção científica produzida no Brasil. Além de traçar uma retrospectiva do gênero no país, Ficção científica brasileira: um gênero duplamente invisível propõe algumas considerações para a atualidade e o futuro da ficção científica.
Para ler o texto clique aqui.
Muito obrigado, Alice!
Abraços

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

NA ERA VIRTUAL




Texto apresentado na UFGD durante o XIII Ciclo de Literatura e Seminário Internacional "As Letras em Tempo de Pós" por Quelciane Marucci. A autora discorre sobre a publicação de e-books, tratando de algumas publicações de ficção científica nesse formato.


Para acessar o texto clique aqui:


Valeu, Quelci!






quarta-feira, 7 de outubro de 2009

The Butterfly Effect - Chaos theory



O simples vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo?

EFEITO BORBOLETA
Evan (Ashton Kutcher) é um jovem que luta para esquecer fatos de sua infância. Para tanto, ele decide realizar uma regressão onde volta também fisicamente ao seu corpo de criança, tendo condições de alterar seu próprio passado. Porém ao tentar consertar seus antigos problemas ele termina por criar novos, já que toda mudança que realiza gera consequências em seu futuro.



Nossa dica de filme sci-fi desta semana traz um tema bastante atraente para ser pesquisado: A teoria do caos. *Essa teoria estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter conseqüências desconhecidas no futuro. Isto é, se você realizar uma ação nesse exato momento, essa terá um resultado amanhã, embora desconhecido. O meteorologista norte-americano Edward Lorenz descobriu, no início da década de 1960, que acontecimentos simples tinham um comportamento tão desordenado quanto à vida. Ele chegou a essa conclusão após testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar.

Em busca de uma resposta Lorenz teclou um dos números que alimentavam os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, na expectativa de que o resultado tivesse poucas mudanças. No entanto, a pequena alteração transformou completamente o padrão das massas de ar. Segundo ele seria como se o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas. Fundamentado em seus estudos, ele formulou equações que demonstravam o “efeito borboleta”. Origina-se assim a Teoria do Caos. Alguns cientistas concluíram também que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase tudo, do número de vezes que o olho pisca até a cotação da Bolsa de Valores. Para reforçar essa teoria, na década de 1970 o matemático polonês Benoit Mandelbrot notou que as equações de Lorenz coincidiram com as que ele próprio havia feito quando desenvolveu os fractais (figuras geradas a partir de fórmulas que retratam matematicamente a geometria da natureza, como o relevo do colo, etc.). A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que a Teoria do Caos está na essência de tudo, dando forma ao universo.

*Esse trecho foi retirado do site http://www.brasilescola.com/fisica/teoria-caos.htm e serve como uma introdução para quem se interessar em pesquisar a fundo essa teoria.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

Capital Inicial Aborto Elétrico - Ficção Científica


A música é muito boa!

PARTICIPE DE NOSSO E-BOOK! PUBLIQUE TEU CONTO!


O projeto NECC - e-ficciones visa a publicação de contos de ficção científica em formato de e-books. Nossa chamada é permanente. Assim, você pode participar enviando teu conto. Acesse os links abaixo para ler o convite e o regulamento para você submeter teu conto para publicação. Estaremos te esperando.
Abraços!

Convite/chamada - versão em português
Regulamento - versão em português
Invitación - versión en español
Reglamento - versión en español
Invitation - english version
Regulation - english version

sábado, 3 de outubro de 2009

Websérie 2012 Onda Zero


Alice no país das maravilhas da ficção científica!
Alice seguiu o coelho branco no Twitter e acabou conhecendo a Websérie 2012 Onda Zero.

Segue o endereço da série: http://www.2012ondazero.com.br/index.asp

Sinopse
Perturbado com os últimos eventos bizarros acontecidos em sua vida, o jovem JP pode estar à beira de um colapso. Visões, pressentimentos estranhos, paranóia, pânico. A constante sensação de que, a qualquer momento, poderá cair num abismo existencial e de que o mundo está prestes a ser destruído, são pensamentos que martelam a mente de JP. O que ele não sabe é que pode estar sendo observado de perto. Temendo que a realidade se desfaça a sua frente, JP se afasta da família, dos amigos, do trabalho e de sua namorada Wanessa. Mas seu maior medo se torna real quando ele é levado a encarar um mundo completamente destruído e um observador tão sinistro quanto o pesadelo real em que ele está perdido.

Valeu pela dica, Alice!
Ah... manda um abraço pro Chapeleiro Louco e avisa que a Rainha de Copas mandou cortar a cabeça do Gato de Cheshire porque ele quebrou o narguilé da Lagarta azul e jogou a culpa na Lebre Maluca...

FICÇÃO CIENTÍFICA, AUTO-AJUDA & CIA


Para adquirir o livro, basta procurar a sede do NECC na UFMS ou escreva para necceficciones@gmail.com ou z.montalvao@gmail.com
NOLASCO, Edgar Cézar; LONDERO, Rodolfo Rorato (org.). Literaturas invisíveis: ficção científica, auto-ajuda & cia. Campo Grande: Editora UFMS, 2009.
Após uma bem-sucedida “volta ao mundo da ficção científica” – título que emprestamos da pioneira coletânea brasileira de artigos acadêmicos sobre ficção científica, organizada por nós e também lançada pela Editora UFMS (2007) –, descobrimos outros mundos não-cartografados, invisíveis para os mapas da literatura. Aliás, um companheiro de viagem, Fábio Fernandes, constatou a existência de “invisíveis culturais” que, agora sabemos, não se restringem ao universo da ficção científica brasileira. Pois é justamente sobre esses “invisíveis culturais” que discutiremos ao longo deste livro.
Nossa proposta é investigar algumas literaturas que nem mesmo se configuram como marginalizadas, pois são praticamente invisíveis aos olhos dos estudos literários e/ou do mercado. Curiosamente, essas literaturas são reconhecidas por públicos específicos, mas nem por isso são estudadas devidamente, criando uma legião de leitores invisíveis. É o caso das obras de Paulo Coelho, best sellers rotulados como auto-ajuda e ignorados pelos estudos literários. Outro exemplo mais crônico é a ficção científica brasileira: duplamente invisível devido à cegueira dos estudos literários e do mercado, sobrevivendo através de movimentos subterrâneos (publicações artesanais, comunidades virtuais, etc.). Esses dois casos, como outros semelhantes (literatura de terror, de fantasia, fan fiction, etc.), contestam às definições canônicas de literatura, propondo uma visão ou virada dos fenômenos culturais. Mas sendo a invisibilidade dessas literaturas não apenas uma qualidade negativa, ressaltaremos também a positividade dessa condição, pois, enquanto não-observadas pela corrente principal dos estudos literários e/ou do mercado, essas literaturas apresentam-se, por excelência, como lugares de experimentações culturais e políticas.
Em Declínio da Literatura/Ascensão da cultura: o intelectual pop-star cult Paulo Coelho, Edgar Cézar Nolasco discute a inter-relação existente entre a literatura de Paulo Coelho, o mercado e o consumo, bem como o papel de intelectual pop-star cult que ele representa. Para revisar as obras críticas sobre a literatura abordada, Nolasco destaca a relatividade que envolve as noções de “altas e baixas literaturas” e, a partir daí, frisa a distração dos críticos ao não perceberem a oscilação de uma obra dentro do campo cultural.
Sayonara Amaral, em Na transversal das cotações: notas sobre a recepção de Paulo Coelho, ilumina a “legião de leitores invisíveis” que nos referimos anteriormente. A partir de depoimentos de leitores de Paulo Coelho, postados na página eletrônica do escritor na Internet, a autora aborda a recepção como uma prática de produções de sentidos e de julgamentos de valor que, na contemporaneidade, extrapolam e contrariam o conceito de literatura ainda hegemônico em algumas esferas da crítica literária.
Também sobre Paulo Coelho é o artigo de Vânia Correia Cafeo, À margem da academia, no centro do sucesso: uma receita à moda Paulo Coelho. Ao invés de debater especificamente a crítica e a recepção do autor em questão, como fizeram os artigos anteriores, Cafeo concentra-se na carreia literária de Paulo Coelho, desde as estratégias de divulgação até as autopromoções, e como ela influi na constituição do lugar do autor.
Uma das autopromoções realizada por Paulo Coelho é justamente a imagem de “bruxo” ou de “mago”, calcada nas origens da contracultura. Este tema é abordado por Eusvaldo Rocha Neto em Leitura e contracultura em Paulo Coelho. O autor também destaca a recepção positiva dessa “espiritualidade” que identifica as obras de Paulo Coelho, pois nelas os leitores percebem “[...] a construção de formas alternativas de espiritualidade alicerçadas em religiosidades que foram marginalizadas e reprimidas com violência pelo Ocidente branco e cristão (o paganismo europeu, a magia e o mistério dos ciganos, etc.)”.
Na contramão da proposta de Rocha Neto, mas igualmente valiosa, é a contribuição de Pablo Lemos Berned, em Conjecturas sobre o fenômeno Paulo Coelho: os limites do “objeto” dos estudos literários. Após passar em revista vários conceitos estabelecidos (literatura, valor, etc.) que constantemente impedem a abordagem da obra de Paulo Coelho, Berned nos pergunta se não “[...] existiria alguma consonância entre os valores veiculados na obra e as exigências atuais do mercado? [...] Portanto, o valor do mágico, do religioso e do simbólico não estariam sendo modificados, ao serem ratificados nessa obra, como veiculadores do sistema capitalista?”.
De um invisível cultural para outro, chegamos à ficção científica. Em Nem universal, nem específico: o afetivo na ficção cyberpunk latino-americana, Rodolfo Rorato Londero propõe o “afetivo”, bem como sua condição híbrida, enquanto categoria mais adequada para refletirmos sobre a recepção latino-americana da ficção cyberpunk, subgênero da ficção científica surgido originalmente no contexto norte-americano surgido dos anos 1980.
Em A invisibilidade do deus: a ficção científica e o mito cosmogônico em Solaris, de Stanislaw Lem, Biagio D’Angelo ocupa-se em investigar a posição que reveste a literatura de ficção científica, gênero quase sempre considerado marginal, menor e pouco erudito. Para o autor, longe de ser um mero produtor de entretenimento burguês, o escritor de ficção científica se disfarça de filósofo, e Stanislaw Lem é o grande exemplo oferecido pelo artigo.
É no encontro entre ficção científica e gêneros próximos, como terror e fantasia, que Jean-Marc Lofficier desenvolve seu estudo sobre o motivo da morte. Em A margem incerta: a temática da morte no fantástico popular contemporâneo, o autor esquadrinha, nas mais variadas mídias (literatura, cinema, televisão, quadrinhos, etc.), três tipos de manifestações da morte: força (imortalidade, reencarnação e ressurreição), lugar (territórios e seus exploradores) e entidade (representações tradicionais e modernas). Uma profusão de exemplos domina o artigo, criando uma verdadeira antologia paralela do tema abordado.
Compreendendo a ficção científica como um meio de materializar e popularizar idéias ainda não esclarecidas pela sociedade, Luis Pestarini mostra como o gênero avalia, por exemplo, a seqüência de transformações e inovações acerca das noções de espaço e distância. Para tanto, em Da lua ao ciberespaço: a ficção científica como reflexo da mudança cultural, o autor realmente atende o percurso anunciado no título, indo de Júlio Verne a William Gibson, sem esquecer autores paralelos (Robert H. Wilson, Daniel F. Galouye, etc.) e conceitos análogos (hiperespaço, realidade virtual, etc.).
Ao aproximar uma tendência recente na historiografia, a História Contrafactual, e um subgênero da ficção científica, a História Alternativa, Ana Cristina Campos Rodrigues procura compreender as possíveis relações entre discurso científico e ficcional. Em Histórias do possível: ensaio sobre a possível relação entre a Ucronia e a Historiografia, a autora não pretende esgotar o assunto, mas fazer uma breve introdução ao gênero, indicando várias obras que o circundam.
Para abordar aquele gênero duplamente invisível que indicamos no início desta apresentação, Alice Signorini Feldens provoca uma reflexão sobre a situação da ficção científica produzida no Brasil. Além de traçar uma retrospectiva do gênero no país, Ficção científica brasileira: um gênero duplamente invisível propõe algumas considerações para a atualidade e o futuro da ficção científica.
Arnaldo Pinheiro Mont’Alvão Júnior envereda pelo árduo caminho de definir a ficção científica, mas não sem a ajuda de três críticos contemporâneos brasileiros: Roberto de Sousa Causo, Braulio Tavares e Fábio Fernandes. Na verdade, em Mas afinal, o que é ficção científica?: algumas (in)definições da crítica brasileira, Mont’Alvão Júnior levanta um minucioso inventário das tentativas de definir o gênero no país para chegar às três atuais: ficção científica como mito (Causo), como gênero pós-modernista (Tavares) e como forma de “sentimento de maravilhoso” (Fernandes).
Próximo da ficção científica, mas igulamente invisível, é a fantasia. Caio Alexandre Bezarias não esquece dela em O gume ignorado das espadas mágicas: uma reflexão sobre significados políticos radicais na literatura de fantasia moderna. O artigo versa sobre possíveis significados políticos radicais expressos em algumas das principais obras de fantasia heróica ou épica publicadas no século XX. Baseado nos princípios da teoria crítica, o autor demonstra que esses textos contêm mais nuances que as críticas convencionais lhes imputam, exigindo serem abordados de maneira mais desprendida e dialética.
Talvez os maiores invisíveis sejam aqueles que consomem as literaturas invisíveis: os fãs de ficção científica, de Paulo Coelho, de fantasia, de seriados de televisão, etc. Mas nem mesmo esses invisíveis se deixam calar: em Os sentidos da TV: sobre a prática textual fannish e a fan fiction, Isabella Santos Mundim analisa a prática textual fannish, o processo em que os fãs se engajam quando assistem ao seriado de TV e lêem/escrevem/desdobram a narrativa veiculada. Teorias sobre a produção de textos e a disseminação de sentidos serão abordadas pela autora para compreender esse fenômeno.Agradecer aos autores, e também aos tradutores – André Soares Vieira (A margem incerta) e Flávio Adriano Nantes Nunes (Da lua ao ciberespaço) –, que contribuíram para a realização deste livro é o mínimo que podemos fazer. Mas se há algum máximo, certamente todos eles concordam que seja a consolidação de estudos voltados para as literaturas invisíveis nas universidades brasileiras. Começamos, então, pelas próximas páginas...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

UMA LITERATURA ÀS AVESSAS: A FICÇÃO CIENTÍFICA E SEUS VALORES


Ontem, dia 30/09, aconteceu mais um evento do NECC que lotou o teatro do CCHS da UFMS. Após a belíssima conferência do prof. Dercir, Rodolfo Londero palestrou sobre a ficção científica. Para quem não pôde estar presente, e para quem esteve, mas deseja estudar mais atentamente, o Rodolfo nos autorizou a postar o texto de sua palestra.
Para acessar o texto, clique aqui.
Valeu, Rodolfo!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PARTICIPE DE NOSSO E-BOOK! PUBLIQUE TEU CONTO!


O projeto NECC - e-ficciones visa a publicação de contos de ficção científica em formato de e-books. Nossa chamada é permanente. Assim, você pode participar enviando teu conto. Acesse os links abaixo para ler o convite e o regulamento para você submeter teu conto para publicação. Estaremos te esperando.
Abraços!

Convite/chamada - versão em português
Regulamento - versão em português
Invitación - versión en español
Reglamento - versión en español
Invitation - english version
Regulation - english version

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FICÇÃO CIENTÍFICA NA REVISTA ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO GEL!!!




Segue link para acesso do artigo As definições de ficção científica da crítica brasileira contemporânea publicado na Revista Estudos Linguísticos do GEL - Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo v. 38 n.3.
http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N3_30.pdf

E o link para o acesso da revista na íntegra
http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/index.php

Abraços!

PALESTRA SOBRE FICÇÃO CIENTÍFICA NO NECC


Na próxima quarta-feira dia 30/09, Rodolfo Rorato Londero palestrará sobre ficção científica. Para se inscrever, escreva para necc.necc2009@gmail.com Durante a palestra será oficialmente lançado o livro Literaturas Invisíveis, o qual disponibilizaremos a apresentação na semana que vem.

VOLTA AO MUNDO DA FICÇÃO CIENTÍFICA


Segue uma dica para quem deseja mergulhar na carreira acadêmica pesquisando ficção científica. Orgazinado por Edgar Nolasco e Rodolfo Londero, Volta ao Mundo da Ficção Científica busca ampliar a pesquisa e a crítica brasileira sobre ficção científica. Interessante notar que este livro reflete a força da ficção científica dentro da academia (publicado pela editora da UFMS) e dentro de Mato Grosso do Sul. Para adquirir o livro, basta procurar a sede do NECC na UFMS ou escreva para rodolfolondero@bol.com.br

NOLASCO, Edgar Cézar; LONDERO, Rodolfo Rorato (org.). Volta ao Mundo da Ficção Científica. Campo Grande: Editora UFMS, 2007.

Abaixo a apresentação do livro:

Já se tornou lugar-comum - muito válido, por sinal - as apresentações das antologias de ficção científica brasileira apontarem a marginalidade do gênero no país. O que dizer, então, da pesquisa sobre ficção científica (ou FC) produzida por brasileiros? Desconsiderando as poucas obras esgotadas - a pioneira Introdução ao Estudo da "Science Fiction" (1967), de André Carneiro; A Ficção do Tempo: Análise da Narrativa de Science Fiction (1973), de Muniz Sodré; Ficção Científica: Ficção, Ciência ou uma Épica da Época? (1985), de Raul Fiker; O que É Ficção Científica (1986), de Braulio Tavares; Ficção Científica (1986), de Gilberto Schoereder; e Introdução a uma História da Ficção Científica (1987), de Léo Godoy Otero - temos atualmente apenas seis títulos: Viagem às Letras do Futuro: Extratos de Bordo da Ficção Científica: 1947-1975 (2002), de Francisco Alberto Skorupa; Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil: 1875 a 1950 (2003), de Roberto de Sousa Causo; O Rasgão no Real: Metalinguagem e Simulacros na Narrativa de Ficção Científica (2005), de Braulio Tavares; A Construção do Imaginário Cyber: William Gibson, Criador da Cibercultura (2006), de Fábio Fernandes; Visões Perigosas: Uma Arque-Genealogia do Cyberpunk (2006), de Adriana Amaral; e Ficção Científica Brasileira: Mitos Culturais e Nacionalidade no País do Futuro (2005), de M. Elizabeth Ginway - sendo este último escrito, na verdade, por uma norte-americana que abraçou nosso país.

Este livro busca ampliar a pesquisa e a crítica brasileira sobre ficção científica. A proposta inicial era apenas trazer artigos que tratassem da ficção científica brasileira, como o são seis dos nove aqui apresentados. Entretanto, visto a importância de uma leitura brasileira da produção mundial, mais três artigos foram acrescentados. Por fim, para melhorar aquele quadro indicado no início desta apresentação, que infelizmente é um lugar-comum necessário, também publicamos um conto de ficção científica brasileira.

Entre os autores selecionados, buscamos aqueles ligados, de alguma forma, à pesquisa sobre ficção científica: cinco deles (Roberto Causo, Braulio Tavares, Fábio Fernandes, M. Elizabeth Ginway e André Carneiro) já publicaram livros sobre o assunto; quatro (Rodolfo Londero, Ramiro Giroldo, Alfredo Suppia e Anderson Gomes) trabalham em dissertações ou teses; e um (Edgar Nolasco) orienta uma dissertação, além de descobrir-se admirador do gênero.

Na verdade, Edgar Nolasco junta essa admiração recente com uma paixão antiga para resultar no primeiro artigo deste livro: Clarice e a ficção científica. Renomado pesquisador da obra de Clarice Lispector, Nolasco revela os contatos da escritora, principalmente como tradutora/adaptadora, com a trinca ficção científica, fantasia e horror, e como isto reflete em sua obra. Por fim, há uma análise da figura do alienígena no conto "Miss Algrave", publicado em A Via Crucis do Corpo (1974).

Já em Níveis de recepção da ficção cyberpunk no Brasil: um estudo de casos exemplares, Rodolfo Londero propõe-se a verificar como a ficção cyberpunk é assimilada pela literatura brasileira. Dada a complexidade do objetivo, o artigo busca operar através de três níveis de recepção: o "direto", o "indireto" e o "análogo". Surgido na década de 1980, no contexto social e tecnológico norte-americano, o cyberpunk retrata, num futuro próximo e distópico, uma sociedade globalizada, altamente tecnológica e midiática, dominada por valores hedonistas e niilistas e por corporações transnacionais.

Ficção científica e o despertar do interesse científico: o fator eureka mostra como a ficção científica tem despertado o interesse pela ciência em muitos de seus leitores e, principalmente, telespectadores, pois o artigo utiliza como exemplo vários filmes da FC mundial, inclusive dois brasileiros. Como afirma seu autor, Alfredo Suppia, "embora a FC não tenha a rigor nenhum compromisso com a educação científica, mas sim com o livre debate imaginativo, é provável que em diversas ocasiões o gênero desperte no público o interesse pela ciência, chegando mesmo a estabelecer algum nível de alfabetização científica".

Anderson Gomes, em História e representação: o jogo de memória e realidade em O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick, se concentra na maneira como a relação íntima entre "passado real" e "narrativa imaginada" é discutida no romance de Dick, e como essa obra exerce uma reflexão crítica sobre a questão histórico-cultural, especialmente nos Estados Unidos na segunda metade do século 20. Vale lembrar que O Homem do Castelo Alto (1962) foi relançado recentemente com uma nova tradução de Fábio Fernandes.

Por falar em Fábio Fernandes, é ele quem assina o artigo Para ver os homens invisíveis: a Intempol e sua influência na literatura de ficção científica brasileira. Discutindo inicialmente tipos de invisibilidade, o autor mostra como a ficção científica brasileira é acometida por uma invisibilidade cultural. Por fim, o projeto "Intempol", do qual ele participa, é apresentado como uma alternativa para esse mal.

Em A ficção científica no cordel, Braulio Tavares traça pontos de contato entre dois tipos de literatura (a ficção científica e o cordel) que, aparentemente, nada têm em comum, mas que, na verdade, sempre foram semelhantes e próximos. Nas palavras do autor: "Tentarei apontar algumas formas de entrelaçamento entre estas duas literaturas, que considero vastas, ricas, complexas, profundas, cheias de criatividade e de possibilidades de expansão no futuro".

Roberto Causo, em O poeta que viu o disco voador, analisa a noveleta O 31.º Peregrino (1993), de Rubens Teixeira Scavone, em seu diálogo com The Canterbury Tales (circa 1380), de Geoffrey Chaucer, seus efeitos como obra de horror e de ficção científica, e na transposição dos fenômenos modernos do OVNI e da "abdução" para o passado.

A cidade pós-moderna na ficção científica brasileira, da brasilianista norte-americana M. Elizabeth Ginway, discute a imagem da cidade na produção brasileira das décadas de 1980 e 90. Para tanto, a autora revisa contos como "Jogo Rápido" (1989), de Braulio Tavares, e romances como Piritas Siderais (1994), de Guilherme Kujawski.

Valendo-se da teoria sobre ficção utópica, Ramiro Giroldo, em Outra utopia, oferece uma interpretação alternativa de Amorquia (1991), de André Carneiro. Como deixa bem frisado: "Lidar com um texto de ficção científica como Amorquia por meio dos paradigmas do gênero utópico/distópico é uma alternativa que se apresenta". O autor também questiona a representação do tempo na obra. Aproveitando o embalo do artigo, apresentamos também um conto inédito de André Carneiro. Pensamento narra as relações de um casal de cientistas com uma experiência científica inusitada: o clone de um cérebro.

Enfim, não poderíamos fechar esta apresentação sem agradecer aos autores que colaboraram para o surgimento deste livro, especialmente a Roberto de Sousa Causo pela imensa ajuda prestada, tanto na revisão do original deste livro quanto na indicação de autores para esta coletânea.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A LITERATURA DE FICÇÃO CIENTÍFICA DE MACHADO E ROSA

Segue interessante artigo apresentado no Congresso Internacional Centenário de Dois Imortais: Machado de Assis e Guimarães Rosa, ocorrido no ano passado na UFMG. Numa visada crítica-comparativista, o artigo discorre sobre dois contos de FC escritos por dois ícones literários brasileiros: O imortal, de Machado de Assis e Um moço muito branco, de Guimarães Rosa.
Para acessar o artigo, basta clicar no link abaixo:

http://docs.google.comfileview?id=0B4Pis12hFH6BMDQ5OTc3MTEtNGRhZS00NDEzLWEwM2MtNDYxODEyZDZmYzg3&hl=pt_BR




Também trago os contos analisados nesse artigo. Basta clicar nos links para acessar os textos.

O Imortal:


São ótimos contos, vale a pena ler.

Enjoy!

*As ilustrações de Luís Jardim para a obra de Rosa foram retiradas do livro "A pulp fiction de Guimarães Rosa" de Braulio Tavares.

SUGESTÃO DE FILME SCI-FI

Nossa colega neccense Gabriela sugeriu-nos um filme de ficção científica que vale a pena: They Live (Eles Vivem). Segue abaixo a ficha completa do filme.* Sofá, pipoca e ação! Valeu, Gabi!



Sinopse
John Nada (Roddy Piper) é um trabalhador braçal que chega a Los Angeles e encontra trabalho numa fábrica. Durante uma inusitada operação repressiva, a polícia destrói um quarteirão inteiro do bairro miserável em que vive. Na confusão Nada encontra óculos escuros aparentemente comuns, porém ao usá-los consegue enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral. Nada percebe que os invasores já estão controlando o planeta e, juntamente com seu companheiro de trabalho Frank (Keith David), decide se engajar no movimento de resistência, que é perseguido como subversivo pela polícia.

ficha técnica
título original:They Live
duração:01 hs 34 min
ano de lançamento:1988
estúdio:Alive Films
distribuidora:Universal Pictures
direção: John Carpenter
roteiro:John Carpenter, baseado em estória de Ray Nelson
produção:Larry J. Franco
música:John Carpenter e Alan Howarth
fotografia:Gary B. Kibbedesenho de produção: -->
direção de arte:William J. Durrell Jr. e Daniel A. Lomino
edição:Gib Jaffe e Frank E. Jimenez
elenco:
Roddy Piper (John Nada)
Keith David (Frank)
Meg Foster (Holly)
Peter Jason (Gilbert)
Raymond St. Jacques (Pregador de rua)
Jason Robards III
George Flower

*Informações retiradas do site Adoro Cinema http://www.adorocinema.com/filmes/eles-vivem/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

COMUNICADO - ALTERAÇÃO NO REGULAMENTO

Nestes dois meses de existência do projeto NECC - e-ficciones, percebemos certa dificuldade quanto à produção de contos devido à limitação causada pelos eixos temáticos. Visando proporcionar melhores condições para a publicação de nossos livros, decidimos desconsiderar as temáticas Pantanal e Amazônia. Assim, amplia-se o leque de temas e provoca ainda mais os escritores a contribuírem com nosso trabalho. Lembrando que, apesar de a temática ser livre, os contos devem se enquadrar nas características do gênero.
Aguardamos seu conto!
Abraços,

Equipe NECC - e-ficciones

sábado, 5 de setembro de 2009

ALUCINATION

Look at me, earthling.

FUTURAMA


O melhor desenho animado de ficção científica que já conheci. Dos mesmos criadores dos Simpsons, Futurama utiliza os mitos da ficção científica para nos alertar sobre um futuro bem possível. Vale a pena conhecer! Não é à toa que foram 5 temporadas e 4 filmes.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As três leis da robótica


As Três Leis da Robótica foram elaboradas pelo escritor Isaac Asimov em seu livro I, Robot ("Eu, Robô") que dirigem o comportamento dos robôs. São elas:
  • 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
  • 2ª lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
  • 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Link do filme Eu, robô com Will Smith http://www.youtube.com/watch?v=nvcvmMVclN0

ROCK PAPER SCISSORS LIZARD SPOCK


É fato! Todo fã de FC tem uma veia nerd! Discorda? Então dá uma olhada nesta cena de The Big Bang Theory. As três leis da robótica de Isaac Asimov. Existe jeito mais legal de aprender sobre isso, meu caro nerd?